[ sobre o projeto ]
O escritório da empresa Populos foi implantado no Edifício Módulo Bruxelas em São Paulo e tinha como desafio conectar três andares de subsolo em um programa de escritório bastante diversificado.
O conceito para o projeto de arquitetura surgiu do próprio conceito da empresa, de expor o uso de tecnologia. Para isso, desde o início a liberdade e a premissa de criar um escritório do “futuro”, sempre pensando em inovação, criação e principalmente o virtual. Dentro do virtual, destaque para o uso do espelho de diversas formas e planos por todo o escritório, brincando com a percepção espacial e trazendo uma sensação de realidade distorcida, o que acontece muito no mundo virtual.
Um dos grandes estímulos do cliente em relação ao projeto foi o uso do espaço externo privado, no último andar (subsolo -3) e que deveria ser pensado para inúmeras funções, tanto de trabalho, como de descompressão. As copas das árvores e o microclima que o jardim cria para dentro do ambiente do escritório foi propício para se criar uma estrutura espacial que tenha a função de conectar os andares e criar um ambiente versátil.
O partido então buscou desenvolver um layout interno em setores para determinados usos, criando espaços de maior e de menor concentração, proporcionando bem estar e flexibilidade em ambos.
Na entrada principal (que acontece pelo 2º subsolo), criamos uma brincadeira com uma sala de análise de dados em balanço e um espelho na diagonal que reflete a caixa de vidro iluminada do CPD, item muito importante para a empresa.
Esse alinhamento na diagonal se estende pelo andar e cria uma divisão ilusória do espaço com um campo de cor única para piso, teto, parede e até mesmo o mobiliário. Foi escolhida a cor verde neon, bem marcante para contrapor o preto e o cinza da marca.
A área com estações de trabalho, localizada no 3º Subsolo e onde dá acesso para jardim é marcada pela diferença de piso e pelo forro desenvolvido com peças modulares da Trilogiq formando quadrantes com placas acústicas e um biombo na mesma linguagem dividindo o espaço da área do touchdown onde acontece reuniões informais. E no 1º subsolo colocamos mais estações de trabalho com mesas individuais modulares, administração e mais uma sala de reunião.
A área externa é o grande diferencial desse projeto e é possível ver uma pequena parte do que acontece lá fora pela entrada do escritório, mas ao chegar no ambiente externo as pessoas se deparam com um ambiente bastante inusitado.
As mesas e bancadas foram feitas com tampo em espelhos para refletirem as copas das árvores e o céu, trazendo essa relação da imagem refletida e distorcida, trazendo o primeiro virtual, o futuro. Nesse mesmo espaço temos o phonebooth feito em uma guarita com tratamento acústico interno, remetendo a uma floresta.
O espaço aéreo do jardim recebe a tão esperada estrutura espacial entre as árvores existente, A Casa na árvore, que pode ser usada como sala de reunião, área de trabalho ou de descompressão. Em madeira e estrutura metálica, a Casa tem espaço para comportar até 7 pessoas sentadas e possui acesso tanto pelo subsolo -2 por uma passarela que remete a brincadeira de arvorismo e pelo -1 por uma escada caracol engastada no prédio.
O projeto sempre buscou desenvolver os espaços para que correspondessem às novas formas de se trabalhar: espaços que promovam novas dinâmicas para troca de conhecimento e ofereçam maior flexibilidade de uso